terça-feira, 10 de julho de 2012

Paciência

As pessoas adoram brincar, mas em todo jogo se corre o risco de perder. Só quero ver, quando a brincadeira acabar, se vai rir ou se vai chorar. Afinal, paciência tem limite, e a minha então... Nem se fala.

     Caroline Casteliano.

sexta-feira, 29 de junho de 2012

Me ame
Me grite
Me chame
Me arranhe
Me irrite
Me odeie
Deixe-me no meu limite

Só não me deixe dormir
Eu posso nao acordar
Talvez eu nem queira

      Caroline Casteliano.

domingo, 25 de março de 2012

Gosto de sangue.

   Você estava ali, me fitando com sua face sempre tão inabalável, e dessa vez não estava diferente. Transbordando calma, seus olhos passearam pelo meu rosto, minhas roupas e pararam em minhas mãos, também cobertas de sangue. Eu implorava mentalmente que você não perguntasse nada e mesmo não ouvindo, você não perguntou. Olhando-me sem pronunciar nem uma palavra, você sorriu, um sorriso doce, que afastou pra longe o medo que me sufocava. Olhou no fundo de meus olhos, segurou em minhas mãos e me abraçou, me aconchegando no calor de teus braços. O cheiro de sangue que impregnava o lugar deu lugar ao do seu perfume, mas o gosto de sangue em minha boca continuou, o gosto da dor, o gosto do ato monstruoso que cometi e que nunca mais esqueceria. Mal sabia eu, que um tempo depois, aquele gosto me agradaria. Mas aquele sorriso doce... Ah, aquele sorriso... eu nunca mais vi. Ainda havia o rosto, as roupas e as mãos cobertas de sangue, mas seu rosto inabalável, os olhos calmos, o sorriso doce... Os braços quentes me aconchegando, não estavam mais lá. Os mais variados gostos senti depois daquele dia, mas nenhum foi igual ao seu, o seu gosto, o gosto de seu sangue . O rosto, o gosto que nunca mais encontrei.


     Caroline Casteliano.

segunda-feira, 5 de março de 2012

Brilhe.

Quer saber? Dane-se. Já fui julgada demais, e tive que me calar e ouvir, mas não aceitarei o seu julgamento. Achou que eu fosse perfeita ?! Uma bonequinha com frases feitas?! Sinto muito, mas não, não sou. Desculpe destruir sua projeção ilusória de mim, mas não vou ter um sorriso nos lábios enquanto você vomita sua frustração em meu rosto. Antes de cuspir palavras sujas em mim, se olhe no espelho, e repita tudo o que me disse para si, aposto que vai doer... Aposto que vai. Hoje, encontrei o amor próprio, e sabe o que ele me disse?! “ Mande o mundo se ferrar, se ame, ame quem você é verdadeiramente. Não deixe ninguém fazer você se sentir menos que perfeito. Você é a estrela principal do seu palco, da sua vida, então, brilhe. “

                 Caroline Casteliano

sábado, 3 de março de 2012

Não se sinta triste, por favor.

Quando a dor já estava insuportável, você apareceu, feito um anjo, com suas asas reluzentes, as envolveu em mim, e aqueceu meu coração escuro e frio. Você iluminou não só meu coração, iluminou minha vida, iluminou todo o meu ser.  Nesse oceano de sentimentos dentro de mim, o meu por você é o que mais reluz, é como uma pérola em um mar de lama. Já cheguei a pensar que você não existe realmente, você é maravilhoso demais para ser comparado a outro ser humano. Se mais pessoas como você existissem, esse mundo seria muito melhor. Você é o ponto alto do meu dia, é o momento que me sinto em paz, sinto uma felicidade suave, ela não me assusta, me transmite uma sensação de leveza. Queria te fazer a pessoa mais feliz do mundo. Sei que falar dói as vezes, então queria não precisar perguntar nada, só olhar em seus olhos e sentir seus sentimentos como se fossem os meus, sorrir se estivesse feliz, te abraçar e lhe roubar um beijo se estivesse triste. Mas você está longe... Então, quando se sentir triste ou infeliz, lembre que eu te amo, e que sempre vai estar em meu coração. Meu amor, só quero que seja feliz. 

          Caroline Casteliano

sexta-feira, 2 de março de 2012

Meu medo

Meu medo, essa minha insegurança irritante... Estão me corroendo por dentro, cada vez mais e mais. Queria poder simplesmente me libertar, mas não posso. A culpa sobre meus ombros a cada dia pesa mais. Talvez isso seja bom, mostra que ainda tenho um pouco de humanidade aqui dentro. Eu queria poder gritar para as pessoas que ficar perto de mim não é aconselhável, mas eu não consigo ficar longe delas, não tenho forças para isso, como sou egoísta... Minha consciência me assombra, ás vezes sinto como se ela me segurasse pelo pescoço e me chacoalhasse, gritando coisas horríveis, coisas sobre mim, coisas que eu finjo não saber que é verdade... Coisas sobre mim que escondo de mim mesma. Eu quero ser uma pessoa melhor, eu quero ser justa, eu quero não ser egoísta, eu quero deixar de ser insegura, quero saber amar ao próximo, para que ele também ame a mim. Quero quebrar minhas máscaras, sair desse corpo e voltar ao meu. Quero não ter medo das pessoas, quero não me segurar nas pessoas que se aproximam, para não as afundar junto a mim. Eu quero, eu quero, eu quero, eu quero... Mas não consigo, e o pior é que sei que posso, só não tenho coragem. Mas acho que já é um grande passo escrever isso, mesmo com medo das perguntas, medo das reprovações. Mesmo com medo de ler isso daqui a algum tempo e pensar  “ Que pessoa patética  “ e lembrar que sou eu mesma. Mas no fim, eu sou uma medrosa mesmo. Sou só um corpo cansado das críticas de sua própria consciência. Sou só...

                       Caroline Casteliano

quinta-feira, 9 de fevereiro de 2012

Pobre ser.

Bastava olhar para o lado, bastava segurar minha mão, mão qual, eu estendi somente para lhe oferecer ajuda, em quanto dizia " O que tem de errado, amigo? Quero saber o porque de sua angústia, estou estendendo a mão para você, quero secar suas lágrimas ou se possível, até irei chorar junto a você. Quero te livrar de sua dor " Mas sua mente fraca e seu orgulho não o permitiram aceitar minha ajuda e então, ai está você, estirado no chão, deformado por um tiro na cabeça, de uma arma que você próprio disparou. Em vez de segurar a mão de quem queria o ajudar, preferiu segurar uma arma. Foi a sua escolha, você selou seu destino. Mais um de muitos, que cavaram sua própria cova. Mais um de muitos, que não suportaram o peso da responsabilidade, da solidão, da tristeza... Você não vai ter  a oportunidade de saber o que é dor de verdade, nunca vai saber como é bom conseguir derrotar a dor e  finalmente, saber o que é felicidade. Pobre ser, só por dar fim a sua própria vida, se tornou indigno de tela tido um dia.

    Caroline Casteliano

E eu ainda estou aqui.

E eu estou aqui, sentada no meio-fio, vendo o tempo passar. As pessoas que por  aqui passaram, não me notaram ou estavam ocupadas demais para olhar para o lado. Queria poder alertá-las de como o tempo está passando rápido, ordernar que elas voltem a enxergar com clareza, para destruirem totalmente essa visão distorcida do mundo em suas cabeças. Mas já não tenho forças. Minha visão está mais distorcida do que nunca e de minha boca nem se quer uma palavra consegue sair. E eu ainda estou aqui...

   Caroline Casteliano

sexta-feira, 27 de janeiro de 2012

Corra.

A cada dia tenho mais certeza que a vida não está para brincadeira, que se você não correr, vai ficar para trás.  E as pessoas que você acha que iram te dar apoio, vão ser as primeiras a te deixar pra trás, sem hesitar, se afastaram sem ao menos olhar para trás.

      Caroline Casteliano

sábado, 14 de janeiro de 2012

Eu não existo.

Eu não choro, eu não sei sorrir. Eu não sei o que é felicidade e também não sei o que é tristeza. Não sinto pena, amor ou ódio... eu não sinto. Não conheço ninguém e ninguém me conhece, eu não existo.

      Caroline Casteliano

sábado, 7 de janeiro de 2012

Meus Últimos Suspiros.

E lá estava você, cuidadosa e friamente apunhalando-me enquanto eu sorria sentindo o sangue escorrendo e pintando meu corpo de vermelho. Era admirável seu cuidado em não acertar nenhum ponto vital para me fazer sofrer até a última gota de sangue. Mas já a calma em seu rosto era assustadora, me pergunto se sabia realmente que o que apunhalava era um ser humano, e que aquilo que espirrava em seu rosto era sangue. Não demorou para o sorriso em meu rosto se desfazer para dar lugar ao sangue que escorria pelos meus lábios. Senti que aqueles seriam meus últimos suspiros e foi nesse momento que tentei dizer minhas últimas palavras, o som foi tão baixo que nem sei dizer se realmente saiu algum som, mas creio que mesmo movimentando meus lábios lentamente, conseguiu entender, pois antes de minha  visão escurecer, eu vi uma lágrima escorrer pelo seu rosto, enquanto eu dizia " Eu te amo ".

     Caroline Casteliano.

Acho que estou doente.

É impressionante o seu efeito sobre mim. Essas minhas alucinações com você... Te vendo pela casa mesmo sabendo que você nunca esteve nela, Isso é realmente assustador. Como é possível que até ao fechar os olhos só sua imagem me venha a mente?! Você não é tão importante assim, acredito eu. Cada gesto, cada sorriso... todos ficam guardados em minha mente e no final do dia, como se minha mente tivesse apagado tudo o que fiz, só você me passa a mente, é como se a única coisa que eu tenha feito... Foi ver você. Devo estar ficando louca ou então... Ou então, eu estou ficando louca. Se isso for uma doença grave, espero que tenha cura, porque parece que a cada dia ela está piorando.

    Caroline Casteliano

quarta-feira, 4 de janeiro de 2012

Sozinha.

Quando precisei, ninguém pode ajudar. Talvez estejam distantes demais pra ver minha dor, ver o quando me sinto sozinha, ver o quando meu peito está ferido, o quando ele sangra. Talvez, eu nunca tive alguém ao meu lado... Agora, enfim, depois de inumeras voltas, parei, olhei em volta e vi; estou sozinha novamente.

      Caroline Casteliano.


Nuvens negras

Meus olhos começaram a arder e uma lágrima quente rolou pelo meu rosto, já molhado pela chuva. Depois de algumas horas a chuva já tinha ido embora e como uma criança envergonhada, me olhando de sua janela, com apenas os pequenos olhos à mostra, a lua estava. Ela está sumindo entre as nuvens, como meu coração. Acompanho atenta, essa cena angustiante e magnífica, a lua sendo engolida pelas nuvens, pouco a pouco. Em pouco tempo já estava totalmente coberta pelas nuvens, mas eu sei que ela está lá. Assim como meu coração, coberto por densas nuvens negras, talvez inexistente pra alguns, mas eu, eu sei, ele está lá.

    Caroline Casteliano.
Indiferença, acho que gosto mais dela. Ser sentimental não tem graça.

   Caroline Casteliano.
A indiferença que eu recebo de todos, não esperava receber de você.

    Caroline Casteliano.

Onde está minha alma ?

   Me pergunto onde está minha alma. Ás vezes sinto como se a tivesse perdido no lugar mais profundo e obscuro do meu ser, me sinto como um recipiente vazio, sujo demais para ser usado. Eu nunca tive uma alma ou ela tornou-se negra demais para ser perceptível que ela ainda está aqui ? Será que eu a perdi em uma dessas ruas pelas quais sozinha já passei ? Não entendo o porque de tudo ter que parecer tão distante, tão intocável, como se meu corpo de tão imundo, por conta própria, se isolou de tudo, mas para me torturar, na  pequena cela onde vivo, existe uma pequena abertura, que por onde passo posso ver tudo e é de onde as poucas pessoas que se aventuraram a tentar me compreender, me deixam tocá-las e me tocam. Admito que a maioria dessas pessoas não suportaram muito tempo ao meu lado, mas outras continuam aqui, me preenchendo, ocupando o espaço onde minha alma um dia supostamente esteve. Não me sinto só agora, me sinto forte o bastante para sair e enfrentar o mundo, mas minha alma ainda não está aqui, acho que ainda sou um recipiente sujo demais para ser usado, além de todo o tempo que vivi isolada dentro dessa pequena cela ter causado marcas, traumas, feridas ainda abertas, que acredito que sejam mais um motivo pelo qual a cela continuar trancada. Talvez meu auto-isolamento seja na verdade autodefesa, talvez eu não esteja preparada para o mundo, talvez as pessoas/coisas sejam recipientes limpos, mas já seu conteúdo sujo e inútil demais. Não importa mais,  não reforço mais a ilusão de ter a minha alma, mas acredito que os poucos, que firmes ao meu lado continuam, são mais que o suficiente para me manter de pé, mesmo que minha alma eu não encontre, mesmo que nessa cela eu continue o resto da minha vida.


  Caroline Casteliano
Mesmo almas como as nossas, vagantes pelas trevas, um dia encontraremos a luz.

   Caroline Casteliano.
Ele está caído, mas ainda assim é um anjo.

    Caroline Casteliano.

O meu anjo caído

   Ele é como se fosse o meu refúgio, me cobre com suas asas despedaçadas, faz a briza tocar em meu rosto e me levar para longe daqui, para a escuridão onde só exista nós dois. Ao lado dele a noite é terrível e magnífica,  sua pele mesmo fria, me aquece, quando junto ao meu corpo gélido. Ele me envenena com sua saliva, que derrete sobre minha carne. Sob o luar, seus olhos transbordando escuridão me fitam cheios de paixão. Ele me entrelaça e me beija, sinto o sabor de sua dor e seu amor na ponta da língua e anseio cada vez mais para telo pra sempre em meus braços. Suas mãos são como estacas que perfuram meu corpo, que o mancha com sangue fresco. Aos poucos ele entra em mim, nossos corpos então fundidos. Suas asas se abrem para me proteger. Seu cheiro é de suor e seu corpo despido é como uma obra cuidadosamente esculpida pra mim em todos os detalhes. O meu anjo caído.

    Caroline Casteliano.
Não sei demonstrar sentimentos. Certas pessoas têm mais valor pra mim do que acreditam ter .

Comunidade:  orkut - Não sei demonstrar sentimentos

    Caroline Casteliano.

Ferida, mas não morta.

    Queria poder dizer " É, eu não me importo se nós só voarmos pra longe daqui." Mas sua loucura foi longe demais e ver pelo lado da razão é necessário as vezes. O coração é inocente, puro... burro. No fundo eu sei que pra você não foi tão importante assim, mas pra mim foi. e eu sei que tudo que começa está destinado a acabar. Ferida ou não, eu vou continuar seguindo o meu caminho. E agora não há tempo para analisar os estragos ou secar minhas lágrimas. Eu vou seguir firme, em busca das minhas metas, da minha vida, talvez não seja tão difícil assim sustentar o peso sozinha. A chuva que cai, já começa a me renovar e mesmo que doa, com o tempo essas feridas que você me fez, vão cicatrizar.

  Caroline Casteliano.

Eu te amo

Eu olhava pela janela a sua procura, pensava "onde está você ?  Eu confiei em você... ". Meus dias se tornaram vazios e o sol que antes nos iluminava, nunca mais se quer o vi, ele se foi junto com você. Minhas noites se tornaram tão frias e melancólicas. Todos os dias, quando eu acordava, abria a janela na esperança de ver o sol mais uma vez, sentir o calor em minha pele pálida e fria, ver você deitado em nossa cama, poder sentir seu beijo frio e molhado, poder calmamente envolver seu pescoço com minhas mãos e apertar, apertar... Até você não mais respirar, só mais uma vez... No fundo eu sei, você nunca voltará. Eu choro, eu sangro esperando o meu dia chegar, o dia em que a Morte virá me buscar, me puxar pela mão, me guiando até você, meu único amor.

       Caroline Casteliano

O inferno

   O inferno é real, basta abrir os olhos para ver. Eu os abri...  me arrependi e desejei desesperadamente fechá-los novamente.

  Caroline Casteliano.